quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lidar com pessoas começa com "ler" as pessoas

Se você vive em uma ilha deserta, provavelmente esse tema não lhe seja interessante. Mas se você vive em sociedade, deve lidar com pessoas constantemente, seja no trabalho, na vida pessoal, em viagens.
Porém, uma vez que somos tão distintos uns dos outros, nem sempre isso é tão simples. Se fosse, os cursos de gestão de pessoas não ministrariam aulas e aulas sobre "como lidar com pessoas". Aliás, essa é a maior dificuldade dos gestores de hoje.
Mas não precisamos ir longe. No nosso dia a dia - até na nossa família! - enfrentamos dificuldades. Não temos paciência com um, subestimamos o outro, queremos impor nossas idéias de forma rápida e a força, temos resistência em aceitar opiniões diversas... e por aí vai. Esses são só alguns exemplos do que fazemos rotineiramente de forma instintiva.
Isso porque não temos interesse em interagir de forma mais plena, de fazer exercício de paciência, de ter compreensão das circunstâncias, de revermos nossa forma de apresentação de idéias para que elas sejam mais adequadas àquela pessoa ou àquela ocasião. Ou mesmo por falta de traquejo social.
Observando situações de convivência - bem e mal sucedidas e de qualquer espécie - posso citar 4 atitudes que foram fundamentais para o sucesso ou fracasso dessa interação:
         ouvir: essa é a parte fácil; é bom lembrar que outras pessoas também podem nos ensinar algo se tivermos paciência de ouvi-las; muitas vezes elas só precisam ser ouvidas, não precisamos dar nada em troca.
        entender: é preciso entender a posição do outro, sua história de vida (sua "bagagem"), suas motivações e suas aspirações; é fundamental entender esse contexto, pois tudo pode ter 2 lados e até mais.
         aceitar: nem sempre concordamos com aquilo que vemos ou que ouvimos, mas temos que pensar que quase sempre temos uma visão parcial de tudo. Podemos opinar com nossa visão parcial, sim, mas nem sempre temos o direito de interferir - e isso não é omissão; temos que aceitar o livre arbítrio do outro.
         respeitar: é saber ouvir, entender e aceitar.
Então, para lidarmos com pessoas, temos que ouvir calados? Não! Temos que ter maturidade para processar todas essas informações obtidas (do que ouvimos, do que vemos, do que entendemos da "bagagem" que cada um traz, das circunstâncias...) e então emitir nossa posição de forma clara e sem imposições, para dar ao outro a chance de se defrontar com outro pensar e se permitir fazer mais reflexões. A decisão de mudar é do outro e não nossa. Se não nos agrada é outra história.
Para isso se tornar mais simples, a observação é fundamental. Comece a observar pessoas, a ver como agem, porque agem, observe suas feições, seus gestos, o tom da fala. É como ler nas entrelinhas.
Resumindo, as pessoas só precisam ser lidas.

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